abordagem sistêmica na educação
Luzia Sales Santiago
1. Pressupostos teóricos
Na contemporaneidade a palavra sistema passou a ser empregada nos mais diversos contextos e a apropriação da palavra tem relação direta com a revolução tecnológica que impõe o pensamento em termos de sistemas e não mais em termos de máquinas isoladas. O enfoque sistêmico ultrapassou as barreiras do contexto industrial, se estendendo para a física, biologia, psicologia e nas ciências sociais. A Teoria Geral dos Sistemas foi, oficialmente estabelecida por Ludwig Von Bertalanffy, que em 1920 iniciou seus estudos em Biologia e em 1956 criou a sociedade para o estudo do sistema geral em Standfort nos Estados Unidos. Le Moigne (1977) e Capra (1996) apontam que a primeira obra sobre sistemas foi escrita no ano de 1913 pelo russo Alekssandrovich Bogdanov, porém foi pouco reconhecido no meio científico, até mesmo pelo próprio Bertalanffy. A Teoria Geral dos Sistemas passa a ser vista como uma das teorias que se dedica a estudar os processos de interações sociais, fazendo com que a noção de sistema passe a aparecer e a fazer parte da investigação científica. De acordo com essa perspectiva, a ciência passa, então, a não mais isolar os fenômenos, mas a estudá-los em unidades cada vez maiores. Segundo Osório & Valle (2002, p. 26):
A teoria geral dos sistemas foi elaborada e sistematizada por Von Bertalanffy a partir da década de 20. Depois da teoria psicanalítica e da teoria behaviorista, a teoria geral dos sistemas é considerada como a terceira grande contribuição de uma teoria unificada do comportamento humano. Nos anos 40 foram estabelecidas as principais ideias da Teoria Geral de Sistemas que foi fortemente influenciada pelo trabalho de equipes multidisciplinares de cientistas que buscavam resolver problemas complexos relacionados à Segunda Guerra Mundial. Na mesma época, outro aporte teórico veio juntar-se à teoria sistêmica na