ABORDAGEM POR COMPETENCIAS
Abordagem por competências: uma perspectiva diferente da concepção tradicional
Como transpor as barreiras de uma prática docente conteudista para desenvolver uma prática ressignificada em um modelo de desenvolvimento das competências sugeridas como fundamentais, pelo relatório da UNESCO?
Um desafio complexo, tendo em vista que os educadores foram formados em um contexto tradicional onde, ao professor cabia unicamente: transmitir conteúdo, dirigir a aprendizagem, ter uma resposta certa para cada problema, tendo como responsabilidade central, “dar aula”. Aos alunos a responsabilidade maior centrava-se em receber informações prontas e organizadas. Seu esforço, portanto, era o de assimilar o que é ensinado e devolver, quando solicitado, uma resposta certa para cada problema, em forma de memorização. Sua responsabilidade central, “aproveitar a aula”.
A partir da adoção de uma abordagem que privilegia o desenvolvimento de competências, provoca-se também o educador a ampliar seu olhar para novas capacidades e a reconhecer a existência de diferentes saberes. Eles passam a ser classificados como:
Fatos – conhecimentos/ informações que o indivíduo recebe prontos, para memorizar.
Conceitos – envolvem compreensão, que vai sendo aperfeiçoada na medida em que o entendimento se amplia.
Procedimentos – aplicação prática dos saberes – o saber fazer.
Atitudes – valores que são expressos através de ações – saber ser e conviver.
Trabalhar com competências, então, envolve a necessidade de integrar conhecimentos, desenvolver conceitos, decidir passos para agir de modo pertinente e incorporar atitudes e valores que permitirão um maior e melhor repertório de respostas às diversas situações que se apresentem. E, nesse sentido o professor passa de “detentor do saber” a organizador e facilitador de situações didáticas e de atividades que têm sentido para os alunos.
A competência se constrói na prática, associando o saber ao