Abordagem Fator Humano
Concepções sobre o paradigma do erro humano, a gestão de risco e a gestão de acidentes.
Este capítulo contempla a concepção do erro humano, o conceito de risco e sua gestão, uma abordagem dos modelos de acidentes destacando a importância da compreensão destes conceitos para a adoção de estratégias para a prevenção de acidentes. Ë de particular interesse desta pesquisa avaliar quais fatores de carga mental de trabalho podem ser eficazes para a produção da carga mental na tarefa do
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histotécnico e se contribuem para a produção de acidentes.
Conforme Monteau e Pham (1987, In: Nebot, 2003), no final do século XIX, em pleno maquinismo industrial, as causas diretas de numerosos acidentes eram facilmente atribuíveis a procedimentos técnicos pouco fiáveis e às máquinas sem proteção. Além disso, as correntes científicas eram deterministas e a pesquisa direcionada à relação de causa e efeito. A Organização Científica do Trabalho favorece uma dicotomia humano x máquina, que chega a uma classificação dos acidentes segundo duas classes de fatores: fatores técnicos e fatores humanos. Este autor considera quatro etapas de abordagens de fatores humanos na compreensão e na gestão de riscos no trabalho, a saber:
a) A concepção unicausal do acidente;
b) A concepção multicausal do acidente;
c) A dimensão sistêmica de explicação do acidente;
d) As abordagens da confiabilidade ou da fiabilidade.
Nebot (2003) relata que de 1900 a 1950, uma corrente de pesquisa chega à noção de “predisposição aos acidentes”, através do papel de variáveis individuais, tais quais a idade, o sexo, a fatigabilidade, a inteligência, a personalidade, a atitude em relação ao risco, porém, tais fatores não foram considerados preponderantes. O autor
(op.cit. 2003) argumenta que uma pessoa pode vivenciar períodos durante os quais certos fatores situacionais podem ser geradores de acidentes. Porém, não se trata mais
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de fatores individuais ou pessoais, mas de