Abordagem do contexto histórico, cientifico e filosófico do surgimento dos sistemas de classificação bibliográfica e as suas estruturas iniciais
Analisando a partir de um olhar histórico, Platão foi o primeiro a classificar os conhecimentos humanos, segundo bases filosóficas. Entende-se que o ser humano sempre objetivou classificar seus conhecimentos, gerando como consequência as classificações bibliográficas. Porfírio apresentou o primeiro exemplo de uma classificação binária. Cassiodoro dividiu as Artes Liberais, originando o Trivium e o Quatrivium. Bacon, com a Chart of Learning, foi quem mais influenciou os modernos sistemas de classificação (Harris, Jefferson, Cutter e Library of Congress). Sistemas, como o de Cutter, o de Dewey e a classificação decimal universal (CDU), apareceram no século XIX, devido a grande difusão das bibliotecas, propiciando o aparecimento desses ótimos sistemas de classificação. No Século XX, obedecendo ao consenso educacional da época e estabelecendo o conceito da coordenação e subordinação dos assuntos, foi criado o sistema arbitrário da Library of Congress, o de Brown e o de Bliss. O bibliotecário indiano Ranganathan, dando novos rumos ao estudo da classificação, criou a Classificação dos Dois Pontos, mostrando que cada assunto pode ser visto sob as manifestações de facetas. No fim do Século XX, as maquinas foram gradativamente absorvendo os tradicionais sistemas. Konrad Gessner (1516-65), botânico e bibliofilo, deu uma grande contribuição a historia da classificação. Baseando-se também no Trivium e Quatrivium de Cassiodoro, organizou um catalogo, a que chamou de Bibliotheca Universalis (Zurique, 1545), em que registrou livros escritos em latim, grego e hebraico. Num suplemento intitulado Pandectarium sive partitionum universalis, classificou os livros da Biblioteca por assuntos. Gessner deu a historia da classificação o primeiro exemplo de arranjo de livros de acordo com o uso