Abordagem contingencial
Enquanto os pioneiros da Administração acreditavam ter encontrado a melhor forma de administrar, os estudiosos da Abordagem ou da Teoria da Contingência acreditam que não há princípios universais. A Abordagem Contingencial utiliza-se das contribuições da abordagem
Situacional, proposta nos anos 60, a qual afirmava que para se chegar ao melhor resultado, as pessoas devem, antes de estabelecer uma ação, apresentarem um pleno entendimento da situação em questão. Alguns autores, inclusive, preferem chamar a Abordagem Contingencial de abordagem situacional.
Portanto, para a abordagem contingencial, não há uma maneira melhor de planejar, não há maneira melhor de liderar, não há uma maneira melhor de organizar um grupo, não há uma maneira melhor de controlar as atividades da organização. O melhor conceito e técnica a ser selecionada é aquela feita após conhecer as circunstâncias que se está enfrentando.
A abordagem contingencial teve origem com pesquisas de Chandler, Burn & Stalker,
Lawrence e Lorsch e Joan Woodward, que procuraram verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. Os resultados destas pesquisas revelam aspectos da dependência da organização em relação ao seu ambiente e à tecnologia adotada.
A Abordagem Contingencial apresenta como princípio base a idéia de que não é possível estabelecer uma única forma ótima de gerir as organizações: cada situação específica requer um tipo de gestão específica. As organizações não atuam isoladamente, estando sujeitas a diversos tipos de contingências (contingência significa algo cuja ocorrência é incerta ou eventual e que depende de situações específicas).
Dentre as principais contingências estão o ambiente e a tecnologia. Ambas atuam como variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes. Isto que dizer que aquilo que ocorre no ambiente interno da organização