Abordagem comunicativa
Marcos Gustavo Richter
Márcio Balbinot
1. INTRODUÇÃO
A linguagem é mais do que um simples sistema de regras. Segundo Nunan (1989), ela pode ser encarada como um recurso dinâmico para gerar significados; portanto, além de conhecimento, implica também habilidade. Isso significa que, em termos de aprendizagem, precisamos distinguir entre “aprender o quê” e “aprender como”. Temos de discernir entre o conhecimento de várias regras gramaticais e a capacidade de usá-las eficiente e apropriadamente para a comunicação. Assim, partiremos de uma concepção sócio-interacionista de linguagem e de competência, defendendo que a abordagem comunicativa no ensino de línguas propicia vantagens para o aluno adquirir a escrita.
2. ABORDAGEM COMUNICATIVA
A abordagem comunicativa se caracteriza por ter o foco no sentido, no significado e na interação propositada entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua. O ensino comunicativo é aquele que organiza as experiências de aprender em termos de atividades/tarefas de real interesse e/ou necessidade do aluno para que ele se capacite a usar a língua-alvo para realizar ações autênticas na interação com outros falantes-usuários dessa língua. Além disso, este ensino não toma as formas da língua descritas nas gramáticas como modelo suficiente para organizar as experiências de aprender outra língua, embora não descarte a possibilidade de criar na sala momentos de explicitação de regras e de prática rotinizante dos subsistemas gramaticais, como o dos pronomes, as terminações de verbos, etc. (Almeida Filho, 1993)
Nunan apud Brown (1994) lista cinco características da abordagem comunicativa: ● uma ênfase no aprender a comunicar-se através da interação com a língua-alvo; ● a introdução de textos autênticos na situação de aprendizagem; ● a provisão de oportunidades para os alunos, não somente na linguagem mas também no processo de sua aprendizagem; ● uma intensificação das