Abordagem Clássica da Administração
Amarante discorre em sua obra “Saúde Mental e Atenção Psicossocial” sobre a história da psiquiatria, contextualizando seu enfrentamento ao transtorno mental. Partindo da descrição dos primeiros hospícios, concebidos em moldes pinelianos, ele situa-nos, no enfrentamento a problemática da loucura, desde sua gênesis até a Reforma Psiquiátrica, enfatizando, dentre outros episódios, a reforma Italiana e a contribuição de Franco Basaglia para a superação do modelo manicomial.
O objetivo central do livro é contribuir para o entendimento das dimensões e estratégias do campo da saúde mental e atenção psicossocial, bem como para a análise dos caminhos e tendências das políticas brasileiras nessa área.
O autor diz de uma visão banalizada dos ditos loucos e justifica que essa concepção parte do ideal de alienismo, onde, com a reclusão e o isolamento dos ditos loucos em asilos, a sociedade se via salva da periculosidade e do risco social que o transtorno mental incitava nas camadas sociais.
Essa visão deturpada que se faz do louco é fruto de séculos de descaso e preconceito ao sofrimento mental, exercidos por uma sociedade que, desde a implantação das primeiras instituições asilares, nega sua responsabilidade e cumplicidade frente ao transtorno mental.
O compromisso com a saúde do portador de transtorno mental pela sociedade resumia-se em apenas ignorá-los por completo. O enclausuramento de tais pessoas em manicômios, privando-os do convívio social, parecia ser a melhor medida para se isentar do problema.
Os questionamentos quanto à metodologia da psiquiatria frente ao sofrimento mental no século XX só foram possíveis pela mudança na ordem social e pela nova concepção de humanidade resultantes da segunda guerra mundial.
Dentre as medidas de enfrentamento ao sofrimento mental, o escritor