Abordagem casal infertil
1ª pessoa
1. Definição
Define-se como infértil o casal que após um ano de vida sexual ativa, com freqüência de coito de pelo menos duas vezes por semana e sem uso de método anticoncepcional, não conseguiu engravidar. Isto baseia-se na observação de que 25% dos casais engravidam no primeiro mês de exposição, 60% dentro de seis meses e 80% em um ano. Dos 20% restantes apenas cerca de 15% engravidam no segundo ano de exposição, e por este motivo adotava-se anteriormente uma classificação mais conservadora de dois anos.
2. Níveis de atendimento
A assistência à infertilidade conjugal pode ser feita nos três níveis de complexidade, porém reserva-se o encaminhamento para as unidades terciárias apenas dos usuários que necessitam de complementação diagnóstica por métodos endoscópicos ou têm indicação para procedimentos cirúrgicos. A pesquisa básica de infertilidade pode ser realizada em nível primário de assistência, sempre após esclarecimento sobre a fisiologia da reprodução, visto que muitos casais não têm conhecimento do que significa período fértil ou de práticas que podem dificultar a concepção, como uso de lubrificantes ou de duchas vaginais póscoito. Este também é o momento mais adequado para aconselhamento, investigação e tratamento de doenças que possam interferir negativamente no processo de reprodução.
3. Atuação do profissional de saúde
3.1. Anamnese
A anamnese deve conter dados sobre:
História do problema atual Registrar há quanto tempo tenta engravidar, o uso de métodos anticoncepcionais, exames e tratamentos já realizados.
História sexual São importantes as informações sobre freqüência de relações sexuais com penetração vaginal, presença de disfunções sexuais como vaginismo e ejaculação precoce, entre outras. Deve-se investigar o uso de lubrificantes e de duchas e contra indicá-los.
História menstrual