Aboratório de teatro de rua e performance

LABORATÓRIO DE TEATRO DE RUA E PERFORMANCE - FUSÃO, INFILTRAÇÃO E FRUIÇÃO

“A rua é a casa, a casa é a rua, nos corpos, a realidade impressa, nua e crua.”
Por thiago Araújo

1.0 Apresentação

Uma oficina com o mesmo título foi oferecida na última versão do Felco, no entanto, devido ao número de horas que foi bastante reduzido e ao fato de não nos prepararmos em uma sala fechada tivemos resultados interessantes mas bastante limitados. Citando-os, geramos uma performance pelas ruas sobre o monopólio energetico da Cemig e sobre o controle remoto dos sinais de trânsito, que cumpriram de alguma forma a proposta indicada no título da oficina, provocar o público presencial nas ruas, gerar imagens para um video arte e questionar o sentido dos objetos abordados.

Nesta segunda oficina propomos um trabalho corporal em sala mais intenso e a realização de um roteiro com uma duração maior, com uma assessoria de imprensa e a ocupação, invasão e infiltração de alguns espaços públicos emblemáticos, incomodando e desacomodando artistas e trabalhadores da cultura.

Para isso estamos trazendo temas que re apresentam a opressão da identidade mineira, o tal silêncio mineiro, mineirinho come quieto, mineirinho arisco e outros termos que indicam esta pretensa humildade ou capacidade contemplativa dos mineiros como um gênero comum, que não passam do próprio residuo de opressão e coerção. Afinal, somos o único estado que comemora a inconfidência. Se somos tão ariscos, porque não guardamos segredo? Somos sim fofoqueiros, preconceituosos, tergiversativos, demagogos, somos responsáveis pela reprodução de um jeito de fazer política que trai o país enquanto nação, entrega nossas riquezas ao capital transacional, pois daqui sairam os maiores entreguistas do Brasil, daqui sairam os mais violentos ditadores, daqui sai ouro e outros materiais preciosos escondido no minério de ferro, daqui saiu a Vale, daqui saiu Eike Batista. Enquanto Belo Horizonte só decai, o bairro histórico