Abolição e imigração

Primeiro emprego ressocializa jovens
Karina Costa
Uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro oferece a jovens que cumpriram medidas sócio-educativas sua primeira experiência profissionalizante. Há mais de dois anos, a instituição abre suas portas e os insere no “Programa Justiça pelos Jovens”, que até hoje deu a oportunidade do primeiro emprego a cerca de 130 meninos com idade entre 16 e 24 anos.
Encaminhados por meio da Vara da Infância e Juventude, esses jovens têm a oportunidade de trabalhar por um ano, com possibilidade de renovação, dentro do próprio prédio do tribunal. Ao longo de seis horas, desenvolvem atividades de apoio administrativo aos servidores como digitação, atendimento ao público, preenchimento de livros, serviços de cartório, andamento de processos.
A contratação garante a eles todos os direitos trabalhistas: carteira assinada, bolsa-auxílio, vale-transporte, vale refeição, além de uma cesta básica. Atualmente 60 jovens estão empregados na instituição. E, segundo a psicóloga responsável pelo programa, Damiana de Oliveira, ninguém melhor que o judiciário para dar uma oportunidade para esses jovens.
“Vivemos falando que o mercado de trabalho nunca abre portas para eles, então nada melhor do que partir de nós este tipo de iniciativa, ainda mais que já os conhecemos. Além disso temos a chance de mostrar à sociedade que esses jovens têm sim total capacidade de trabalhar, aprender e se relacionar com as pessoas.”
A oportunidade do primeiro emprego trouxe boas perspectivas para o futuro profissional desses jovens. Muitos deles, após o período de contrato, foram empregados por outras empresas, várias que prestam serviço para o próprio tribunal. “A grande maioria já faz planos de cursar uma faculdade. Para quem não pensava nada para o futuro esta é uma grande mudança.”
Tão importante quanto isso, é o fato de que quase nenhum jovem que passou pelo programa voltou a cometer atos infracionais. “Esse resultado é reflexo da