ABNT
Um Novo Caminho Científico para a Engenharia na Bahia por Marcus V. Americano da Costa Filho
A história baiana aliada à sua dimensão e localização geográficas sempre foram favoráveis ao exercício profissional nos diversos ramos da engenharia. Apenas para efeito de constatação, é possível citar grandes empresas nos setores da construção civil, agropecuária, energia, automobilística e, sobretudo, petroquímica que, com o Polo de Camaçari, propiciou o desenvolvimento industrial da região e a criação de marcos importantes, colocando o Estado em posição de destaque em nível nacional. Nesse contexto, deve-se frisar o papel que a universidade tem no atendimento da demanda por esses profissionais. Em particular, a Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), na qual atualmente estão implantados 11 cursos de graduação, tradicionalmente direciona suas especialidades e áreas de conhecimento para as necessidades de mercado.
Entretanto, na esfera científica, os resultados ainda eram pouco expressivos, mesmo quando comparados apenas com aqueles da região Nordeste. Comumente, recém-formados, interessados em atuar também na pesquisa e obter uma maior qualificação, eram e ainda são motivados a buscar cursos de pós-graduação do tipo Stricto Sensu, principalmente, no eixo sul-sudeste do país. Embora a Escola Politécnica pudesse contar com pesquisadores renomados, a sua defasagem estrutural, a falta de divulgação e interesse da sociedade como um todo colocavam os programas de pós-graduação em engenharia em uma disparidade competitiva com as grandes instituições brasileiras.
Contudo, alguns fenômenos do mundo moderno contribuem fortemente para a atividade de pesquisa. O desenvolvimento econômico e o número elevado de informações cada vez mais rápidas mediante diversas vias de comunicação promovem o intercâmbio do conhecimento entre pesquisadores das instituições nacionais e, inclusive, internacionais. Assim como deve ser em outras áreas, hoje, as