Abertura comercial brasileira na década de 90 - emprego e estabilização de preços
Até meados dos anos 90 o país vivia uma época de extrema turbulência na sua economia, décadas de inflação deteriorando o dinheiro e diversos planos econômicos sem sucesso que se sucediam ano após ano e a abertura comercial feita no Brasil era de alguma maneira mais uma tentativa de saída para aquele mar de incerteza que rondava a nossa população.
O processo de abertura econômica do Brasil se deu a partir do ano de 1990, quando o então Presidente da Republica, Fernando Collor de Mello, iniciou a abertura do mercado brasileiro às importações sob o argumento de preparar as empresas brasileiras para o processo de competição mundial, instituiu também o Programa Nacional de Desestatização e deu inicio ao processo de privatização das estatais com a Light, empresa de eletricidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1991. No mesmo ano, o Mercosul entrou em atividade, como união aduaneira, que inicialmente contava com Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, através do Tratado de Assunção.
A partir de 1993, o nível da atividade econômica se recupera e no ano seguinte a Administração de Itamar Franco, que implementa um programa de estabilização econômica, o Plano Real. Já nos anos seguintes, sob a “batuta” de FHC, num contexto de elevadas taxas de juros, de sobrevalorização cambial e de lenta recuperação dos investimentos, o crescimento da atividade econômica é positivo, porém insuficiente para gerar um volume de empregos, que seja adequado ao crescimento da população economicamente ativa. Uma das consequências das alterações recentes na ordem econômica foi uma mudança na elasticidade emprego-produto da economia, em geral, e do setor industrial, em particular. Em função disso, o Brasil começa a enfrentar o problema de geração de empregos implicando redução expressiva de mão-de-obra, práticas de subcontratação de produtos e principalmente de serviços, maiores níveis de desemprego e extensão do