abdome agudo
AGUDO
Parte II
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA
. 48 .
4
Capítulo
ABDOME AGUDO
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
Sergio Hernani Stuhr Domingues
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○
O termo abdome agudo descreve uma situação emergencial, caracterizada pelo aparecimento abrupto de sintomas abdominais, em geral graves, sugerindo uma evolução potencialmente fatal. Diante desse quadro dramático, a essência da abordagem do paciente é realizar o diagnóstico de forma precisa o mais rapidamente possível. Tais atitudes podem determinar o prognóstico e evitar seqüelas irreversíveis.
Os recentes avanços tecnológicos não só têm trazido mais facilidades no diagnóstico como também no tratamento dos pacientes. Entretanto, a experiência e a sagacidade suplantam de longe tal tecnologia, e não raramente pacientes são submetidos a cirurgias que talvez fossem desnecessárias.
Prova disso é um recente trabalho que revela que cerca de 20% de pacientes submetidos à laparotomia exploradora por suspeita de apendicite têm apêndice normal. Esse tipo de erro aumenta para
40% se o paciente é idoso e do sexo feminino. Por outro lado, esse mesmo trabalho insiste em que se esses pacientes apresentam sintomatologia e sinais clínicos patognomônicos de apendicite aguda, exames complementares podem e devem ser excluídos.
Os termos abdome agudo ou abdome cirúrgico talvez não sejam os mais adequados, já que encontramos alguns casos de abdome rígido, em “tábua”, como na febre do Mediterrâneo, que não são agudos e os de pancreatite aguda edematosa, em
que a cirurgia estaria contra-indicada. Inúmeras tentativas de se