Abc da musica
Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Departamento de Ciências Humanas e Filosofia - DCHF
Disciplina: Estágio Supervisionado em Geografia IV
Professora: Rejane Rodrigues
Aluno-mestre: Fernando César Rosa
Professor regente: Rejane Rodrigues
Turma: 2D
Data:29/05/2012
A reconfiguração do sistema de transporte na metrópole carioca dos anos de 1960*
É inegável que uma parte da compreensão do caráter central de um espaço está associada à sua acessibilidade, enquanto fator primordial para qualificarmos sua localização. Aliás, concordamos com VILLAÇA (1998:74) quando afirma que a própria terra urbana “(...) só interessa enquanto “terra-localização”, ou seja, enquanto meio de acesso a todo o sistema urbano, a toda a cidade. A acessibilidade é o valor de uso mais importante para a terra urbana”. Partindo dessa premissa, segue que a possibilidade de acesso a um determinado ponto do espaço varia na razão direta dos atributos das redes técnicas de transporte que para ele convergem.
“A estruturação do espaço regional é dominada pelo deslocamento das informações, da energia, do capital constante e das mercadorias em geral— eventualmente até da mercadoria força de trabalho. O espaço intra-urbano, ao contrário, é estruturado fundamentalmente pelas condições de deslocamento do ser humano, seja enquanto portador da mercadoria força de trabalho— como no deslocamento casa/trabalho— seja enquanto consumidor — deslocamento casa-compras, casa-lazer, escola, etc. Exatamente daí vem, o enorme poder estruturador intra-urbano das áreas comerciais e de serviços, a começar pelo próprio centro urbano”.
Seguindo o padrão das demais cidades do mundo, o Rio de Janeiro apresentou durante cerca de trezentos anos um padrão urbano que correspondeu àquilo que chamaram de The Walking City ou The Pedestrian City (cidade dos pedestres). Tratava-se de uma cidade com ruas estreitas, constituindo um acanhado núcleo multifuncional,