AA mmeeddiiccaalliizzaaççããoo ddoo ccrriimmee:: A medicalização do crime: a Penitenciária de Florianópolis como espaço de saber e poder (1933-1945)

6658 palavras 27 páginas
artigos

A medicalização do crime: a Penitenciária de Florianópolis como espaço de saber e poder (1933-1945)

Fernanda Rebelo1
Sandra Caponi2

REBELO, F.; CAPONI, S. The medicalization of crime: the Florianópolis Penitentiary as a space of knowledge and power (1933-1945). Interface - Comunic., Saúde, Educ.
Educ., v.11, n.22, p.193-206, mai/ago 2007.

This paper discusses the implementation of the penitentiary model in the city of Florianópolis in the 1930s from the standpoint of hygienist medicine and its interface with legal thinking. From the 1920s onward, several types of control institutions were created in Florianópolis. It was necessary to devise a modern police apparatus to control the population, given the fear of catching diseases and the epidemic hazard posed by the dense population of the slums and multiple-storey houses. The city center should be made healthier for the bourgeoisie, but first
‘undesirables’ such as beggars and prostitutes needed to be put ‘where they belonged’. The objective of this article is to analyze how these “fears” that affected all urban centers as from the 19th century also appeared in
Florianópolis and what control strategies were created, particularly those devised within penitentiaries.
KEY WORDS: Hygiene. Eugenics. Penitentiary model. Public health. Medicalization.
Este trabalho discute a instalação do modelo penitenciário em Florianópolis, nos anos 30 do século passado, sob a ótica do pensamento médico-higienista e suas interfaces com o jurídico. A partir da década de 1920, em
Florianópolis, observa-se a criação de diversos tipos de instituições de controle. Era necessário um moderno aparato policial para controlar a população; havia o medo do contágio de doenças e o perigo das epidemias que vinham junto com as aglomerações nos cortiços e sobrados. O centro da cidade deveria se tornar mais salubre para a burguesia poder habitá-lo, mas antes, as pessoas “indesejadas”, como mendigos e prostitutas,

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