a2422
8401 palavras
34 páginas
Arq Bras Neurocir 19(3): 116-127, 2000Tratamento da instabilidade degenerativa da coluna lombar com fixação transpedicular
Apresentação de 53 casos
Fernando Luíz Rolemberg Dantas, Antônio Carlos Vieira Caires, Durvalino Rocha,
Antônio Roberto Campos Júnior, Gilberto de Almeida Fonseca, Jair Leopoldo Raso
Serviço de Neurocirurgia do Biocor Instituto, Belo Horizonte, MG
RESUMO
Os autores apresentam um estudo retrospectivo dos resultados de 53 pacientes, com instabilidade degenerativa da coluna lombar e toracolombar, que foram tratados consecutivamente com fixação transpedicular por via posterior usando material Socon e Spine System da Aesculap. A casuística é constituída por 27 homens e 26 mulheres, com média etária de 53,4 anos (27 a 81 anos). A média do acompanhamento foi de 15 meses. O procedimento foi feito nos casos de espondilolistese degenerativa (25 casos), instabilidade pós-operatória (12 casos), escoliose degenerativa (7 casos), fraturas degenerativas (5 casos), canal estreito lombar (2 casos) e instabilidade segmentar
(2 casos).
A cirurgia consistiu em descompressão neural, fixação interna com instrumentação transpedicular e enxerto ósseo. Em 18 casos foi associado o cage metálico.
Obtiveram-se 90% de resultados bons e satisfatórios pela escala de Stauffer e Coventry, com
96% de taxa de fusão e 4% de pseudo-artrose. As complicações incluíram quatro casos de radiculalgia pós-operatória em virtude do contato da raiz com o instrumental, dois de fístulas liquóricas com resolução espontânea, duas infecções (uma profunda e outra superficial) e dois casos de estenose acima do nível tratado. Destes pacientes, sete (14%) necessitaram de reoperação. Não houve óbito nem quebra do instrumental.
Os resultados comprovaram que, apesar do curto período de acompanhamento, a fixação transpedicular é um bom método para instrumentação e tratamento das instabilidades degenerativas, oferecendo vantagens biomecânicas comparadas com outras formas de tratamento,
permitindo