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Como foram realizadas no momento em que o Plano Real apresentava seus principais aspectos positivos, como o controle da inflação e o aumento da capacidade de compra da população, e ainda não se fazia sentir os negativos, como o aumento do desemprego e as falências, a principal figura que se beneficiou com a situação foi o antigo ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Em uma chapa composta pelo seu partido, PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), e o PFL (Partido da Frente Liberal), FHC reuniu as forças políticas conservadoras do país para enfrentar principalmente o candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva do PT (Partido dos Trabalhadores), que vinha fortalecido com o segundo lugar alcançado nas eleições anteriores de 1989. Os demais candidatos foram Enéas Carneiro (PRONA), Esperidião Amim (PPR), Leonel Brizola (PDT) e Orestes Quércia (PMDB).
Com o capital político alcançado com o Plano Real, FHC derrotou Lula já no primeiro turno das eleições, conseguindo 55% dos votos válidos contra 27% do candidato petista. Também foram eleitos governadores e deputados em todos os estados da união, além de ter havido uma renovação de dois terços na Câmara e Senado Federal.
CARAVANAS DA CIDADANIA
Não se pretende aqui contar a história da Caravana da Cidadania. Mas, para chegar à eleição presidencial de 1994, quando se abrirão as portas, verdadeiramente, para a experiência neoliberal no Brasil, com FHC à frente, não se pode deixar de fazer uma breve referência sobre essa epopeia, espécie de Coluna Prestes do fim do século 20, que envolveu mais de uma centena de encontros e atos públicos, em 68