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Fatores que afetam a absorção de fármacos

A dose administrada por essa via pode ser maior ou menor do que a dose do mesmo fármaco administrada oralmente, dependendo de fatores como a constituição do paciente, a natureza físico-química do fármaco e a sua capacidade de atravessar as barreiras fisiológicas e a natureza do veículo do supositório e a sua capacidade de liberar o fármaco e torna-l disponível para absorção.
Os fatores que afetam a absorção retal de um fármaco podem ser divididos em dois grupos principais: fatores fisiológicos e fatores físico-químicos do fármaco e da base. Fatores fisiológicos

O reto humano tem de 15 a 20 cm de comprimento. Quando vazio, contém somente de 2 a 3 mL de fluido inerte. Quando em repouso, não apresenta motilidade; não existem vilosidades ou microvilosidades na mucosa retal. Entretanto, existe vascularização abundante na submucosa da parede do reto, com vasos sanguíneos e linfáticos. Entre os fatores fisiológicos que afetam a absorção de fármacos nesse local estão o conteúdo colônico, a via de circulação, o pH e a ausência de capacidade tamponante dos fluidos retais.

Conteúdo colônico
Quando efeitos sistêmicos são necessários, uma maior absorção no reto pode ser esperada quando ele estiver vazio do que quando contiver material fecal. O fármaco obviamente terá maior contato com a superfície de absorção de reto e do colo quando este estiver vazio.
Outras condições, como diarréia, obstrução colônica devido ao crescimento de tumores e desidratação do tecido, influenciam a velocidade e o grau de absorção do fármaco no reto.

Via de circulação
Os fármacos absorvidos por via retal, diferentemente daqueles absorvidos após administração oral, desviam da circulação porta durante sua primeira passagem até alcançarem a circulação geral permitindo, dessa forma, que não sejam destruídos no fígado e exerçam efeitos sistêmicos. As veias hemorroidais inferiores, ao redor do colo, recebem o fármaco absorvido e iniciam a sua

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