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Mário Raul de Morais de Andrade nasceu e morreu na cidade de São Paulo (1893-1945). Concluído o ginásio, estudou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, lecionando História da Música a partir de 1922. Foi professor de piano, colaborador de diversos jornais e funcionário público. Em 1938, no Rio de Janeiro, dirigia o Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal. Reorganizou o Instituto Nacional do Livro, elaborando o anteprojeto do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.Em 1917, publicou seu primeiro livro: Há uma gota de sangue em cada poema, sob o pseudônimo Mário Sobral. Nessa altura, Mário já adquirira fama de erudito. A participação na Semana, a publicação de Paulicéia Desvairada (1922) e a nomeação como professor catedrático do Conservatório Dramático e Musical consolidaram seu prestígio. A cidade de São Paulo constitui tema frequente de sua obra.
Quatro anos depois, motivos políticos provocaram seu afastamento e a mudança para o Rio, onde exerceu o cargo de professor da Universidade do Distrito Federal. Pouco tempo Mário conseguiu ficar lá. A ligação com São Paulo era muito forte. Voltou à cidade natal, onde permaneceu até a sua morte, em 25 de fevereiro de 1945.
OBRAS:
POESIA: "Há uma gota de sangue em cada poema" (1917);
"Pulicéia Desvairada" (1922);
"Losango Cáqui" (1926);
"Clã do Jabuti" (1927);
"Remate de Males" (1930);
"Poesias" (1941);
"Lira Paulistana" (1946);
"O Carro da Miséria" (1946);
"Poesias Completas" (1955).
CONTO: "Primeiro Andar" (1926);
"Belazarte" (1934);
"Contos Novos" (1946).
ROMANCE: "Amar, Verbo Intransitivo" (1927);
"Macunaíma" (1928).
ENSAIO: "A Escrava que não é Isaura" (1925);
"O Aleijadinho e Álvares Azevedo"