7 Aula Um Breve Hist Rico Da Psicologia Jur Dica No Brasil
BRASIL
E SEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Prof.ª Kécia Melo
Delimitar
o início da Psicologia Jurídica no
Brasil é uma tarefa complexa, em razão de não existir um único marco histórico que defina esse momento.
A
história da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento da profissão, na década de 1960.
Os
primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando estudos acerca de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei (ROVINSKI, 2002).
Foi a partir da promulgação da Lei de Execução
Penal (Lei Federal nº 7.210/84) Brasil (1984), que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária.
Entretanto, a história revela que essa preocupação com a avaliação do criminoso, principalmente quando se trata de um doente mental delinquente, é bem anterior à década de
1960 do século XX.
Com o advento da Psicanálise, a abordagem frente à doença mental passou a valorizar o sujeito de forma mais compreensiva e com um enfoque dinâmico.
Como
consequência, o psicodiagnóstico ganhou força, deixando de lado um enfoque eminentemente médico para incluir aspectos psicológicos (CUNHA, 1993).
Os
psicodiagnósticos eram vistos como instrumentos que forneciam dados matematicamente comprováveis para a orientação dos operadores do Direito.
Inicialmente,
a Psicologia era identificada como uma prática voltada para a realização de exames e avaliações, buscando identificações por meio de diagnósticos.
Essa
época, marcada pela inauguração do uso dos testes psicológicos, fez com que o psicólogo fosse visto como um “testólogo”, como na verdade o foi na primeira metade do século XX.
Estudos
acerca dos sistemas de interrogatório, os fatos delitivos, a detecção de falsos testemunhos, as amnésias simuladas e os testemunhos de crianças impulsionaram a ascensão da então denominada Psicologia do Testemunho
(GARRIDO, 1994).
Esse histórico