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ELEUTERIO, Francismar de Sousa1.
LAMP, César Ricardo2.
Na natureza, a evolução de novas formas de vida e de novas espécies é resultado de modificações hereditárias acumuladas, e essas são continuas, graduais, progressivas e orientadas, visando melhor adaptação ao meio ambiente, ocorrendo assim, modificações em muitos caracteres do corpo. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma comparação da evolução do homem, enfatizando as modificações estruturais da dentição do ser humano atual com a dos antepassados. O trabalho foi desenvolvido com base em revisão literária da evolução do homem. Por meio do estudo da evolução humana, pode-se observar que várias características sofreram mudança ao longo dos tempos, diretamente relacionadas às alterações do ambiente, da cultura e da alimentação, levando a necessidade de constantes readaptações. Em estudos que comparam a arcada dentária de um gorila à de um homem moderno, nota-se que no gorila a arcada tem formato retangular, incisivos e caninos muito grandes, com espaço entre eles onde o canino da arcada inferior oclui. Com este padrão de oclusão, o gorila provavelmente não mastiga da mesma maneira que o homem; este fato pode ser comprovado também pelo formato e posicionamento dos côndilos das articulações das duas espécies, na qual o ramo da mandíbula do gorila é muito mais longo e inclinado que o do homem, realizando principalmente movimentos verticais de mastigação.
Observa-se que houve redução, tanto morfológica, como métrica, dos terceiros molares
(superiores e inferiores), desde o hominídeo até o homem atual. A arcada dentária passou de retangular para parabólica, com diminuição gradativa de caninos e incisivos e aumento de pré-molares e molares. Em cada época em que o homem viveu, com diferentes características físicas houve padrões de alimentação diferentes. Antes da descoberta do fogo, os indivíduos se alimentavam da caça, pesca e coleta de vegetais e