6. Karl marx
O sentido sociológico da palavra cultura não é o mesmo da linguagem do senso comum. Na linguagem cotidiana, a palavra “cultura’ é empregada com vários significados. Ora significa erudição, grande soma de conhecimentos, quando, por exemplo, se diz que “fulano tem cultura”, ora significa um determinado tipo de realização humana, como a arte, a ciência, a filosofia. Já o sentido sociológico dessa palavra não se limita a essas acepções. É, no entanto, tão amplo que não exclui nenhum desses significados. Na linguagem sociológica, cultura é tudo o que resulta da criação humana. É clássica a definição de Edward B. Tylor: “um todo complexo que abarca conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e outras capacidades adquiridas pelo homem como integrante da sociedade”. Neste caso, a cultura compreende todas as elaborações resultantes das “capacidades adquiridas pelo homem como integrante da sociedade”, pois a mesma não decorre da herança biológica do homem, mas de capacidades por ele desenvolvidas através do convívio social. Só o homem possui cultura. Todos os homens possuem cultura, no sentido de que, vivendo em sociedade, participam de alguma cultura. Ao contrário do que se afirma na linguagem vulgar, quando se diz que algum individuo não tem cultura, a cultura não é exclusiva das pessoas letradas, já que qualquer individuo normalmente socializado participa dos costumes, das crenças e de algum tipo de conhecimento da sua sociedade. Seguindo este raciocínio, podemos afirmar que todas as sociedades, e não apenas as que possuem escrita, têm uma cultura. Tanto a mais simples e isolada sociedade tribal quanto a mais complexa sociedade urbano‐ industrial possui cultura. A cultura seria então o modo de vida próprio de cada povo. Ela é o fundamento da sociedade e o que distingue o homem dos animais não humanos. Cada povo, cada sociedade tem sua cultura, o que equivale dizer, seu modo de vida.
1 – Na minha avaliação o motivo do acidente foi causado por ATO