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MACHADO, Maria Lúcia de A. (Org) Encontros e desencontro na educação infantil. São Paulo: Cortez, 2000.Formação de Profissionais de educação infantil: questões e tensões.
Este texto aborda algumas tensões existentes na área da formação de profissionais de educação infantil e mostra a importância política de que a formação profissional tenha um caráter também de formação cultural, um dos desafios centrais.
Educação infantil como direito se configura como conquista a partir de muitas e longas lutas na história da sociedade brasileira, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, tratando da conquista de uma visão das crianças enquanto cidadãos de direitos, inclusive o direito à educação infantil, e sua função precípua de formar a geração. Está em jogo a nossa responsabilidade social enquanto professores, mulheres e homens, cidadãos, de tratarmos as crianças como cidadãs de pequena idade, instituindo alternativas diversas de socialização para todas e abrindo espaços para as crianças nas mais diferentes instituições já existentes.
Relatos feitos por professores de redes públicas e pesquisas voltadas para a educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental mostram como muitos alfabetizadores passaram a ter diante de si classes multisseriadas porque as escolas aceitam crianças menores de 6 anos no ensino fundamental. Diversos são os termos que circulam nas creches, pré-escolas e escolas: formação permanente trata-se de profissionais em formação no seu lugar de trabalho. Toda proposta pedagógica tem uma história e, nela, a formação dos profissionais envolvidos está presente de maneira central, sobretudo quando oferece possibilidades de lembrar a trajetória e de refletir sobre a prática. A história contada e a prática refletida são a substância viva dos processos de formação.
Na educação infantil, convivemos com paradoxos de uma realidade onde diferentes instâncias (federal, estadual, municipal) e instituições atendem as crianças de 0 a