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2009 palavras 9 páginas
CORPO NOSSO DE CADA DIA: POR ONDE ELE ANDA, PARA ONDE ELE VAI?
Alex Branco Fraga1
Resumo
Nesse texto procuro abordar o corpo nosso de cada dia, e suas perspectivas futuras, como uma produção cultural com roteiros históricos distintos; um resultado provisório de diversos discursos e produto de uma sofisticada tecnologia corporal. Procuro, também, questionar como a educação física, sustentada em uma visão utilitária e essencialista, vem ajudando a constituir nossas anatomias e nossas subjetividades em um tempo de tantas transformações culturais.
Abstract
Through this text I intend to broach our everyday body, and its future perspectives, as a cultural production with distinct historical itineraries; a provisional result of diverse discourses and product of a sofisticated corporal technology. Also, I try to put in question how the phisical education, supported by a utilitarian and essentialist vision, has been helping to build our anatomies and our subjectivities in a time of so many cultural transformations. Quero romper com meu corpo,
Quero enfrentá-lo, acusá-lo, por abolir minha essência, mas ele sequer me escuta e vai pelo lado oposto.
(Carlos Drummond de Andrade)
Qualquer contribuição a respeito do corpo nosso de cada dia, bem como de suas perspectivas futuras, precisa centrar suas atenções em alguns momentos do processo de formação de determinadas concepções sobre corpo. Além disso, julgo também importante apontar como a educação física, articulada a essas mesmas concepções, constituiu (e vêm constituindo) nossas anatomias e nossas subjetividades. Dito de outro modo, é preciso analisar como o corpo se tornou um elemento tão significativo na nossa cultura e não simplesmente analisar seu funcionamento orgânico.
Há algum tempo o espetáculo anatômico, nas suas mais diferentes versões, vem impulsionando os índices de audiência na mídia brasileira. Essa farta exposição de corpos não é apenas conseqüência direta de um modismo que está em voga, mas produto da

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