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Fichamento do texto: A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA - Walter Benjamin

Prólogo - Análise de Marx adquiriu valor de prognóstico segundo o qual o próprio agravamento do capitalismo traria as ferramentas para a sua abolição. A concretização das suas análises chegaram aos domínios culturais e exigem prognóstico, principalmente quando se trata das teses sobre as tendências de evolução da arte, sob as condições de produção atuais. Os conceitos seguidamente introduzidos, novos em teoria da arte, diferenciam-se dos correntes pelo fato de serem totalmente inadequados dos para fins fascistas. Pelo contrário, são aproveitáveis para formulação de exigências revolucionárias em política de arte. I - A obra de arte sempre foi reprodutível. As artes gráficas foram reproduzidas pela primeira vez com a xilogravura e passou longo tempo até que, pela impressão, também a escrita fosse reproduzida. São conhecidas as enormes alterações que a impressão provocou na literatura. Poucas décadas após a invenção da litografia, as artes gráficas foram ultrapassadas pela fotografia. A mão liberta-se das mais importantes obrigações artísticas no processo de reprodução de imagens, as quais, a partir de então, passam a caber unicamente ao olho que espreita por uma objetiva. Desenha, o processo de reprodução de imagens foi extraordinariamente acelerado. No início do século XX, a reprodução técnica tinha atingido um nível tal que ela conquistou o seu próprio lugar entre os procedimentos artísticos. II - Mesmo na reprodução mais perfeita falta uma coisa: o aqui e agora da obra de arte. São as modificações que sofreu ao longo do tempo na sua estrutura física e as diferentes relações de propriedade de que tenha sido objeto que constituem sua autenticidade. O domínio global da autenticidade subtrai-se à reprodutibilidade técnica. Surge como mais autônoma do que a manual, relativamente à original. Em segundo lugar, pode colocar o original em situações que

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