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Petróleo e Derivados

Nenhuma fonte de energia tem a importância geopolítica que o petróleo possui, haja vista a relativa facilidade com que esse energético pode ser transportado ao redor do mundo e dado este se constituir na base da economia produtiva mundial. Assim, o país que detém e controla suas reservas petrolíferas e que mantém uma estrutura adequada de refino aufere vantagens competitivas, quer seja em relação à segurança interna dos setores vitais à economia, como transporte e produção de eletricidade e, por conseguinte, conferindo competitividade à indústria, quer seja em relação à sua participação no comércio internacional, por meio da exportação direta do óleo e seus derivados.

Toda esta importância advém do fato de que, além de gerar combustíveis como gasolina, óleo diesel e querosene de aviação, o petróleo é também a base de uma vasta gama de produtos industrializados, que vão da parafina e da nafta petroquímica aos tecidos e plásticos.

O petróleo é formado a partir da decomposição da matéria orgânica ao longo do tempo geológico, sendo encontrado nos poros de determinadas camadas sedimentares, que são conhecidas como “rochas reservatório”. Trata-se, portanto, de um energético não renovável, o que aumenta a importância da descoberta de novos campos produtores ou de novas regiões produtoras, de modo que um dado país consiga manter uma relação reserva/produção confortável em termos de segurança energética (a do Brasil atualmente, sem as reservas do Pré-Sal, é da ordem de vinte anos).

Segundo maior produtor de petróleo na América do Sul, o Brasil vive em constante crescimento no setor. No fim dos anos 1970, o País produzia, em média, 200 mil barris de petróleo por dia. Em 2009, alcançou a marca de dois milhões de barris diários. O crescimento da produção neste período associou-se às grandes descobertas marítimas de petróleo e gás na Bacia de Campos, que começou com a descoberta do campo de Garoupa (RJ), em 1974, iniciando a busca em águas cada

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