437
Todos nós educadores temos a convicção de que estamos vivendo um período histórico de muitas possibilidades e conquistas. Mas, ao mesmo tempo, estamos inseridos em um momento histórico no qual se instalou uma crise em diferentes dimensões: seja política, econômica, social, ambiental, de valores etc. Diante dessa realidade, as instituições sociais são chamadas a se ressignificarem para enfrentar os desafios postos pela contemporaneidade. É dentro desse contexto que se encontra a escola e a educação superior. Os profissionais que nela atuam precisam enfrentar muitas demandas ao mesmo tempo. Nesse bojo, desenvolver no educando e educanda o gosto pela leitura, o interesse em refletir sobre a realidade e os problemas cotidianos não parece ser uma tarefa muito fácil em um tempo em tudo é muito rápido e que as pessoas não tem paciência para discutir questões de forma aprofundada. No entanto, tais questões parecem inquietar, especialmente, os e as docentes da disciplina Filosofia Educacional em razão das especificidades inerentes a essa disciplina.
Assim, o objetivo do texto é descrever de forma sucinta uma experiência vivenciada como professora de Filosofia da Educação. Dessa forma, entendemos que o conhecimento acerca da prática do professor de Filosofia são elementos instigações para enriquecer a pratica docente dos professores das demais áreas do conhecimento. É o que veremos a seguir.
O papel do professor/a de Filosofia da Educação na contemporaneidade
Uma das problemáticas mais sérias que os/as docentes de Filosofia enfrentam na sua prática docente refere-se, a competência deste profissional para motivar os alunos no processo de ensino-aprendizagem. É notório para qualquer professor e professora que, de modo geral, os educandos não gostam de Filosofia. Afirmam ser uma disciplina de difícil compreensão e sem sentido para a realidade em que