400 anos de São Luís
Desde a sua fundação, em 1612, por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, os 400 anos da trajetória histórica da Ilha de São Luís, antiga Ilha Grande ou Upaon-açu, revelam as referências simbólicas das diversas etnias que marcaram o território: tupinambás, franceses, portugueses, holandeses, africanos e ingleses. Todos contribuíram para a formação de uma cidade que se constitui importante marco cultural para a compreensão da ocupação do território brasileiro e da expansão do novo mundo na idade moderna.
Tombada como Patrimônio Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, São Luís também foi erigida à condição de Patrimônio Mundial pela UNESCO, como reconhecimento ao seu significativo acervo arquitetônico. A planta da cidade foi planejada e previamente traçada, com características geométricas racionalistas, onde está representada numa malha urbana ortogonal, posicionada no sentido dos pontos cardeais, com ruas de igual largura, abrigando um dos maiores conjuntos urbanos de arquitetura civil de influência portuguesa da América Latina. Neste aspecto, conforme o parecer da UNESCO, atinge o nível de excepcionalidade. Essas ruas se revestem de pura poesia por meio da sonoridade dos seus nomes: do Sol, da Alegria, da Saudade, da Paz, do Alecrim, da Estrela, das Flores, da Palma, Formosa, Apicum, Inveja, Crioulas.
No perímetro urbano histórico da cidade é possível perceber a superposição visível das etapas históricas de ocupação do território: desde o primórdio seiscentista – sítio original, da cidadela francesa; do crescimento da cidade portuguesa no século XVII; de todo o esplendor do início oitocentista como capital do Grão Pará e Maranhão e da homogênea e aristocrata metrópole comercial do século XIX; todas permanecem expressas no traçado urbano da cidade, que se expandiu preservando a malha urbana do século XVII.
O importante acervo cultural, constituído ao longo desses 400 anos, conta a história