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Estudo do Logos
PROSA (sem metro) POESIA(com metro)
PROSA - Persuasão(Peithó) – constitui a base do pensamento retórico. Arrasta à ação. Aspecto social e dialógico da palavra. Faz crer que as coisas são diferentes do que são, conforme as intenções do orador. Tarefa da retórica: subjugar os outros por meio da apresentação alterada da realidade.
Pseudós(Falso) – assinala o aspecto objetivo do falso, sem atentar para a diversidade do momento subjetivo que o determinou, quer se tratasse de erro (pseudós involuntário), quer de mentira (pseudós voluntário).
POESIA - Ilusão poética (Apaté) – Engano, ilusão, sedução, expressa no §10 do Elogio de Helena (etimologicamente pode significar tanto encantada quanto encantadora). Isola em si mesmo o momento da persuasão, prescinde dos efeitos sociais e práticos da persuasão. Poesia – faz crer na existência de coisas que não existem.
Persuasão retórica – é apaté como a poesia, mas enquanto a poesia é o feitiço que quer arrastar o homem para fora da realidade para sonhar ações que não são reais (como na tragédia), a persuasão retórica é persuasão para agir, para estabelecer a convivência entre os homens.
Poética e retórica são indissociáveis, mas com problemáticas distintas.
PSICAGOGIA – Condução da alma. A ela remontam tanto a apaté poética quanto a persuasão retórica. A alma é passiva, completamente entregue ao que vem de fora.
Pitagóricos: a arte como cura para as doenças do corpo e da alma.
Górgias. O engano e o encantamento poético criam uma doce doença da alma, bem melhor que a monótona normalidade (Elogio de Helena, §1). Diferentemente dos pitagóricos, interessa a Górgias o maravilhoso desvio operado pela palavra poética, sirva ele para curar ou para adoecer de uma agradável doença. Para Platão, opor-se à mímesis como forma de engano(apaté), implicava disciplinar o uso da imagem,