4
Promover a igualdade de oportunidades na educação é “uma das condições mais importantes para superar a injustiça social e reduzir as disparidades sociais em qualquer país [...] e também é uma condição para fortalecer o crescimento econômico.” (UNESCO, 2008a, p. 24).
A visão do analfabeto como um indivíduo incapaz, ignorante, à margem das decisões da sociedade e do poder, construída ao longo da nossa história, continua influenciando a maneira pela qual os poderes públicos tratam a questão da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Embora tenha havido algumas medidas desde o período do Brasil Colônia, as iniciativas governamentais no sentido de oferecer educação para os jovens e adultos são recentes, visando à sua inclusão na sociedade e inserção no mundo do trabalho cada dia mais exigente, tecnológico e globalizado. Entretanto, a EJA no Brasil é marcada pela descontinuidade e por tênues políticas públicas, insuficientes para darem conta da demanda potencial e do cumprimento do direito, nos termos estabelecidos pela constituição Federal de 1988.
A Educação de Jovens e Adultos ainda é um desafio para os sistemas educacional públicos brasileiros. A EJA ofertada por estes sistemas representa o resgate de uma dívida histórica e social para com aqueles que não tiveram a oportunidade ou acesso à escolarização básica em idade apropriada ou não concluíram a educação básica em idade apropriada.
O
sistema
educacional
brasileiro
procura
reparar
esta
dívida,
reconhecendo o direito de todos os cidadãos a terem uma educação de qualidade, destacando o princípio constitucional da educação para todos, inclusive, promovendo o desenvolvimento de todas as pessoas, em todas as idades, sem prejudicar ou discriminar negativamente os indivíduos que procuram a EJA em busca de conhecimentos.
32
A Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFITEA VI), que ocorreu em Belém – PA, em 2009, nos traz uma discussão e uma análise sobre participação e