4 Pilares da educação
Dado que oferecerá meios, nunca antes disponíveis, para a circulação e armazenamento de informações e para a comunicação, o próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação que pode aparecer, à primeira vista, quase contrditória. À educação cabe pornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constatemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele. A educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, apreder a viver juntos e aprender a ser. Mas, em regra geral, o ensino formal orienta-se, essencialmente, se não exclusivamente, para o aprender a conhecer e, em menor escala, para o aprender a fazer. As duas outras aprendizagens dependem, a maior parte das vezes, de circunstâncias aleatórias quando não são tidas, de algum modo, como prolongamento natural das duas primeiras. Uma nova concepção ampliada de educação devia fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer seu potencial criativo revelar o tesouro escondido em cada um de nós.
Aprender a conhecer Este tipo de aprendizagem que visa não tanto a aquisição de um repertório de saberes codificados, mas antes o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento pode ser considerado como um meio e como uma finalidade da vida humana. Meio, porque se pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o rodeia. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. Contudo, como o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente, torna-se cada vez mais inúltil tentar conhecer tudo e, depois do ensino básico, a omnidisciplinaridade é um engodo. Deve-se, do princípio ao fim do ensino, cultivar, simultaneamente, estas duas tendências. Por outro lado, a formação cultural, cimentos das sociedades no tempo e no espaço, implica a