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Em 23 de Janeiro, o peso argentino desvalorizou-se 10% e foi a 7,75 por A Argentina estava ,Com a crise de balanço de pagamentos, os credores perdem a confiança e suspendem a rolagem da dívida externa. Assalariados, rentistas e governo estão felizes, porque suas receitas aumentam artificialmente. O governo, além de incidir em déficits irresponsáveis, entra em déficits, atendendo as demandas dos eleitores.
Alcançando o piso cambial, o País entra na fase de fragilidade financeira, mas não em crise pois os credores externos igualmente felizes alimentam a bolha de crédito.
Ao mesmo tempo, a inflação, acelera devido ás pressões de demanda. O Banco Central, aumenta o juros para controlar a inflação e também para atrair capitais que cubram o déficit em conta corrente.
Por alguns anos, o País vive na armadilha de juros altos e câmbio sobreapreciado, novamente os credores perdem a confiança, e a crise cambial se desencadeia.
Entre 2003 e 2007, um peso próximo do equilíbrio competitivo garantiu o alto crescimento, más a inflação transformou-se em problema. O governo não resistiu o populismo e segurou o câmbio para controlar a inflação. Em consequência, o regime de alto crescimento acabou, enquanto o peso se valorizava as reservas diminuíam, o resultado foi a perda de confiança dos argentinos no peso e seu aumento violento no mercado paralelo.
Ao chegar a cerca de 8 por dólar, o peso recuperou o equilíbrio competitivo, o governo diz que ele chegou ao nível desejado, sem temer o aumento oficial do dólar, suspendeu as restrições a compra, para reduzir o paralelo.
Se a estratégia de manter o câmbio no nível competitivo tiver sucesso, as expectativas e os investimentos, crescerão o superávit em conta corrente será recuperado e a Argentina sairá da crise. Mas terá que resolver o problema de inflação, sem naturalmente, recorrer ao mecanismo nefasto da ancora cambial.
Texto de: Luiz Carlos Bresser-Pereira
Resumido por: Kênia de