3ª meditação Descartes
3ª Meditação
“É preciso que, pela via das idéias, constitua-se um caminho que assegure a legitimidade do juízo de existência, o valor objetivo das representações. Que confira definitivamente valor objetivo à própria regra geral subjetiva da clareza e distinção. É essa necessidade que faz confluir para o exame da questão filosófica de Deus, o exame dos gêneros de representações e principalmente o exame da origem das idéias (SILVA, F.L. 1994 Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo, Ed. Moderna.)”.
Professor: Fernão Salles
Aluna: Érika do Carmo Bergamo Martins RA 391522
1º§ - “Fecharei agora os olhos... tudo o que até aqui notei que sabia.”.
Logo no começo ele afirma a solidão do cogito, Alquié fala sobre isto:
“O eu pensante esta só, ignora se há coisas, se existe um mundo exterior a ele e diferente dele. A dúvida, prolongada e mantida, detém e contraria a sua tendência natural para visar o objecto, e suspende assim todo o seu conhecimento.” (ALQUIÉ, F. 1969 A filosofia de Descartes. pág.83. Lisboa, Editorial Presença, LDA.)
Continuando no paragrafo primeiro ele continua dizendo que os sentimentos e a imaginação são reais na medida que são pensamento, Alquié logo abaixo da citação que acabo de colocar diz que:
“Descartes examina, portanto, já não, como na análise do pedaço de cera, os seus juízos, mas as sua ideias, e considera-as na sua realidade objectiva, isto é, no seu conteúdo representativo e a título de sinais possíveis de alguma exterioridade ontológica.” (ALQUIÉ, F. 1969 A filosofia de Descartes, pág.83. Lisboa, Editorial Presença, LDA.)
Ou seja, que as suas ideias são interiores, mas que os objetos que ela pode representar são exteriores, e este é um problema para a filosofia de Descartes, pois se não existe mundo sensível, logo, ele está sozinho no mundo e o seu corpo não existe exteriormente, mas só na sua imaginação, como todo o resto sensível. Ele então se desprende de tudo oque achava que sabia e fica com