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A PSICONEUROIMUNOLOGIA E AS REPERCUSSÕES DO ESTRESSE – UMA REVISÃONoely Cibeli dos Santos
Monica M. Trovo Araújo
Introdução
Nas últimas décadas as relações entre mente e corpo têm sido tema de várias pesquisas, além de estar presente no cotidiano das pessoas. Mesmo com este conhecimento percebe-se uma dificuldade do profissional de saúde em valorar estas questões ou de agir considerando este conhecimento.
Moreira (1999a), realizando uma abordagem filosófica, cita que o homem sempre apresentou dificuldades em ver claramente e sem preconceitos o seu corpo, e que ao longo da história diversas concepções filosóficas abordaram a questão mente e corpo de acordo com várias doutrinas.
Discutindo a percepção do homem no oriente e no ocidente, Carvalho (2002), coloca que a visão do homem como unidade indivisível, que sempre esteve presente no oriente, foi desaparecendo ao longo do tempo no ocidente, principalmente no renascimento com o impacto da proposição de Descartes separando res cogitans (mente) e res estensa (corpo), o que permitiu um grande avanço científico no estudo das doenças do corpo, mas permitiu também a visão do homem como um composto de partes separadas.
A visão cartesiana deu origem "ao modelo, o qual propõe que as doenças podem ser explicadas por distúrbios em processos fisiológicos, que surgem a partir de desequilíbrios bioquímicos, infecções bacterianas, viróticas ou outras e independem de processos psicológicos e sociais". Carvalho, citado por Carvalho (2002, p.151) A discussão da integração entre corpo e mente foi retomada no final do século XIX com os estudos de Freud sobre a histeria, que demonstrou que acontecimentos psíquicos podiam ter conseqüências orgânicas, abrindo assim, caminho para inúmeras pesquisas que buscaram a inter-relação entre os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Com as contribuições de Jung surge um novo campo de estudo, pesquisa e atuação denominado Medicina Psicossomática, que teve sua