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Debates GVsaúde - Primeiro Semestre de 2007 - Número 3A experiência da Santa Casa de São Paulo na gestão estratégica de suprimentos
Antônio Carlos Forte
C
om a intenção de criar os elementos necessários ao debate e promover a troca de idéias, apresento, a seguir, uma introdução à temática a ser abordada. Sou médico intensivista e exerço até hoje essa função no
Hospital Paulistano. Sou também Superintendente na Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo. Desde minha formatura – faz muito tempo isso – comecei a militar na área da
Administração Hospitalar, primeiro na área pública, tanto na
Prefeitura, como no Estado e no Ministério. Trabalhei nos três órgãos de gestão e na iniciativa privada; formei-me médico na
Santa Casa, fui chefe da UTI, depois diretor técnico e estou
Superintendente há catorze anos.
A Santa Casa envolve a gente com uma quantidade grande de problemas e – por que não? – de soluções também.
Mas é uma atividade tão contagiante, que acabamos não conseguindo fazer muitas outras coisas. Antes de mais nada, apresentarei a Santa Casa em traços gerais, para que se possa, posteriormente, entender onde entra a sua cadeia de suprimentos. A Santa Casa é um complexo hospitalar formado por dez unidades de assistência à Saúde: o Hospital Central, que é o tradicionalmente conhecido como a Santa Casa; o Hospital
Santa Isabel, que atende exclusivamente a convênios e particulares; o Hospital São Luiz Gonzaga, referência na Zona
Norte; no Jaçanã, em frente ao hospital São Luiz Gonzaga, está o Hospital Dom Pedro II, de convalescente e geriatria; o
Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, um complexo psiquiátrico que atende todos os níveis da especialidade, com ambulatório, pronto-atendimento, pronto-socorro e unidade de internação; uma Casa de Cuidados, um projeto pioneiro da
Santa Casa, muito interessante, que atende aos moradores de rua quando eles saem do hospital. Eles deveriam ter, como as outras pessoas que saem do hospital, uma casa e uma família para que