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SOLDAGEM POR EXPLOSÃO
A soldagem por explosão é um processo de soldagem no estado sólido a partir da deformação plástica superficial de metais, motivada pela colisão de uma peça lançada em alta velocidade contra outra, por detonação calculada de um explosivo. Esta colisão é muito violenta e libera um jato metálico formado a partir do impacto pontual entre as partes que serão soldadas. O jato retira a película superficial do metal, fazendo uma espécie de decapagem que libera a superfície de óxidos e impurezas. Nesse instante, as superfícies novas são fortemente comprimidas uma contra a outra, pela ação do explosivo. A solda é produzida em uma fração de segundo sem adição de metal. É essencialmente um processo a temperatura ambiente em que não ocorre um grande aquecimento das peças em trabalho.
Este processo nos oferece duas configurações básicas, sendo a primeira, com arranjo das placas em paralelo, produz um caldeamento constante, pois suas condições são alteradas ao longo da soldagem; enquanto a segunda, com arranjo utilizando um ângulo a pré-determinado entre as placas, produz um caldeamento não constante, pois suas condições são alteradas incessantemente até o término da soldagem.
Arranjo Paralelo
Nas placas em paralelo o ângulo obtido na detonação é pequeno, então o fluxo do jato de metal é ininterrupto e a interface resultante é praticamente plana, por isto esta configuração é chamada de regime laminar.
Arranjo Angular
Nas placas preparadas em ângulo pré-determinado, o fluxo do jato de metal líquido é interrompido a todo o momento quando sofre uma mudança de direção e gira como um
"rodamoinho", assim as ondas na interface vão sendo formadas ao longo do caldeamento nos pontos de colisão. Esta configuração é chamada de regime turbulento.
1. Velocidade de colisão
A velocidade de colisão está relacionada com a velocidade de detonação e com o ângulo de colisão, dependendo do