34568890765224

2691 palavras 11 páginas
Entre a "cultura histórica" e a "cultura política": os ingredientes necessários para a renovação da "historiografia" e do "ensino de história"?

Diogo da Silva Roiz
Mestre em história pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Franca. Professor dos cursos de história e de ciências sociais na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na unidade de Amambai. E-mail: diogosr@yahoo.com.br ou diogosr@uems.br

ABREU, Martha; SOIHET, Rachel; GONTIJO, Rebeca (Orgs.). Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/FAPERJ, 2007. 503 p.
Cada vez mais, percebe-se com maior sensibilidade e atenção que as mudanças na política, na sociedade e na educação estão intimamente relacionadas. Assim como os projetos de escrita da história se alteram para compreender mais adequadamente as transformações da sociedade, o ensino de história também teria uma predisposição a mudar quando ocorrem novas tomadas de posição nas políticas públicas do país. Essa hipótese indica que ao se acompanhar a organização da "cultura histórica" e da "cultura política" de uma sociedade, pode-se visualizar mais precisamente os contornos que ganham simultaneamente a "cultura historiográfica" e o "ensino de história".1 Diante do exposto, é oportuno o questionamento sobre quais leituras a respeito do passado estariam sendo produzidas, em função das atuais revisões dos últimos governos, quanto à necessidade de agrupar aos currículos escolares de ensino fundamental (e médio) do país, o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira e o ensino da história indígena. Cabe destacar, desde já, que isso se deve, fundamentalmente, ao impacto e à relevância que alcançaram os movimentos sociais, os quais, desde a década de 1980, se têm organizado com o intuito de destacar as desigualdades históricas que foram sendo produzidas no país ao longo do tempo. O que quer dizer

Relacionados