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59251 palavras
238 páginas
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DO MESMO AUTOR:
Menino de Engenho, romance
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JOSÉ'
LINS
DO REGO
doidinho
Romance
ARIEL, EDITORA LTDA.
RIO DE JANEIRO
Reservados os direitos de rcproducção, adaptação para todos os palzcs.
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—
Pode deixar o menino sem cuidados.
Aqui elles endireitam, saem feitos gente, dizia um velho alto e magro para o meu tio Jucá, que
me
levara para o collegio de Itabaiana.
Estávamos na
sala de visitas.
Eu, encolhi-
numa cadeira, todo enfiado para um canto, o meu tio Jucá e o mestre. Queria este saber da minha idade, do meu adeantamento. O meu do tio
informava de tudo: doze annos, segundo
li-
vro de Felisberto de Carvalho, taboada de multiplicar.
—
Então não esteve em aula desde pequealumnos de sete annos mais
no, pois aqui tenho
adeantados.
Já me olhava como endendo. si
estivesse
me
repre-
6
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O
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— Mas o senhor vae ver estará longe.
mno.
O
Eu me
E
com um mez
mais,
responsabilizo pelo alu-
menino de Vergara chegou aqui de
zer pena: não sabia
—
:
nem
as letras.
E
fa-
está ahi.
gritou para dentro de casa:
Emilia,
mande aqui
o
sr.
Francisco Ver-
gara.
Depois, para o tio Jucá:
Esse que o sr. vae ver
— do meu
letrar.
collegio.
Um
é o
peor alumno
Chegou-me que nem
sabia so-
vadião de marca.
pouco entrava um menino de minha idade, moreno, gordo. Vinha com medo, os olhos
•
E com
assustados.
— E'
pôde escrever uma carta.
Deu-me o que fazer. Quizera que o sr. o visse no primeiro dia de aula, gaguejando. O pae perdeu um dinheirão no collegio dos padres; botoumo aqui desenganado. Quando voltou para as férias de S. João, recebi uma carta do velho, espantado. Dizia-me que o menino já sabia mais do que