333 a cena do macaco
020000Imaginemos um peixe que não acredita na existência do mar. Como será? O peixe nasce, cresce, reproduz-se, morre; e pode passar todo esse tempo sem acreditar no mar. Como é possível que não tenha consciência daquilo em que vive mergulhado, que o envolve e lhe entra por todo o lado? Será feliz? Certamente que lhe falta uma parte importante da vida. E se isso é óbvio para este peixe, também o é para nós. Talvez vivamos distraídos com uma infinidade de coisas; mas tão dentro do Infinito que nem somos capazes de o ver. A esse ‘mar’, não lhe poderemos chamar “Deus”?
-8991604445Imaginemos um peixe que passe a vida a pensar nas suas guelras, nas suas escamas, nas suas barbatanas. Como será? Que tipo de peixe será esse que toma o oceano como um espelho de auto-contemplação [ou de auto-comiseração!...]? Certamente será um peixe de horizontes curtos: com mente fechada e de coração pequeno. Será feliz? Certamente que não. E se isso é óbvio para este peixe, também o é para nós. Assim como os peixes não foram feitos para viver em tanques, também nós não fomos feitos para nos fecharmos e envaidecermos [ou entristecermos!...] com o pouco que somos enquanto indivíduos. Somos grandes mas porque feitos para a amplitude dos oceanos.
020000Imaginemos um peixe que passe a vida a pensar nas suas guelras, nas suas escamas, nas suas barbatanas. Como será? Que tipo de peixe será esse que toma o oceano como um