33-A ARTE DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX
EXPRESSIONISMO ABSTRATO
O Expressionismo Abstrato foi um movimento artístico que surgiu na década de 1940 em que, pela primeira vez, o epicentro da arte ocidental migra da Europa para os
Estados Unidos ou, mais precisamente, de Paris para Nova York.
Foi o movimento que, principalmente na pintura, vem para complementar as outras lideranças culturais assumidas pelos Estados Unidos após a Segunda Grande Guerra.
Antes do início da Guerra são vários os artistas de renome que viviam em Paris e se refugiam em Nova York. Em 1940, com a presença e influência desses artistas, Nova
York se transforma no centro artístico mundial de onde irradiam as novas tendências.
Na época, a mecenas Peggy Guggenheim, que era casada com o pintor e escultor surrealista Max Ernst, inaugurou uma galeria de arte e museu que denominou The art this century, criada para que os recém-chegados tivessem onde expor seus trabalhos.
O Expressionismo Abstrato, ou Escola de Nova York como também é chamado, começa a moldar suas características a partir da influência desses artistas europeus refugiados, principalmente dos surrealistas. Tanto quanto eles, os expressionistas abstratos procuravam expressar a vida interior por meio da arte, mas, esses últimos deram um passo além.
O nome “Expressionismo Abstrato” se deve a um crítico de arte, mas em 1952 por sugestão de outro crítico o movimento passou a se chamar Action Painting (pintura de ação). Após passar por uma fase inicial, com forte influência do Surrealismo e conhecida como Fase Mítica, o Expressionismo Abstrato assume num segundo momento sua forma definitiva, denominada de Fase Gestual.
As principais características da pintura do movimento são:
Ausência de qualquer relação com a objetividade.
Rejeição dos convencionalismos estéticos.
Expressão livre e subjetiva do inconsciente.
Execução totalmente espontânea.
Valorização do acidental e exploração do acaso como recurso técnico.