3 A ARTE NO BRASIL
Os primeiros registros relacionados ao ensino da Arte no Brasil são datados aproximadamente entre os anos de 1549 e 1808, período e que a educação estava voltada para os nobres, sob a responsabilidade de grupos religiosos principalmente os jesuítas. Neste período, no Brasil, a Educação dominada pela Missão Jesuítica era dividida em dois projetos: um para a catequização dos índios e outro para a elite dominante. Como nesta época a formação era destinada à elite e à catequização dos nativos, entre os donos de terras desenvolveu-se um desejo de demonstrar a hierarquia através das suas riquezas, entre elas os títulos acadêmicos. Segundo Barbosa 2002, durante o império, objetivava-se formar uma elite que pudesse defender a colônia dos invasores, uma elite que pudesse governar o país e que motivasse culturalmente a corte. Para Ferraz e Fuzari (2009), no Brasil fundaram as escolas de ler e escrever e de doutrina em locais diferentes. O método utilizado pelos jesuítas era atrativo, pois aproveitam a música, o canto coral e o teatro, para finalidade de formação religiosa. Com relação aos nativos, eram educados nas missões e nos sistemas de “reduções” destinadas à catequese. As reduções, assim como as residências e os colégios, tornaram-se verdadeiras “escolas oficinas” que formavam artesãos e pessoas para trabalhar em todas as áreas fabris. Nesses locais, os “irmãos oficinas”, exerciam e ensinavam vários ofícios, tais como pintura, carpintaria, instrumentos musicais, tecelagem etc. (FERRAZ; FUZARI, 2009, p. 41). Ainda segundo Ferraz e Fuzari, 2009, os índios aprenderam a tocar e construir instrumentos, bem como a composição.
Neste período, os poetas e escritores tinham grande prestígio diferente dos artistas que não eram tão valorizados. Foi por volta de 1808, através das reformas do Marquês de Pombal, que a educação Jesuítica perdeu sua força. Os jesuítas perderam o poder de atuar junto às escolas, porém os professores aptos a atuar eram os formados