3 Est gio de TGE
Em Para a Questão Judaica, entretanto, há entre Marx e Bauer apenas discordâncias. A obra trata da condição cívico-política dos judeus na
Alemanha também ligada à situação miserável do povo alemão.
Marx, ao contrário, confere um tratamento político à questão judaica.
A crítica de Marx a Bauer inicia-se por determinar que tipo de emancipação
Defende Marx que a emancipação política concedida pelo Estado laico não significará a emancipação do homem da religião: “O Estado pode, portanto, ter se emancipado da religião, mesmo quando a esmagadora maioria ainda é religiosa” (Ibidem, p.48, grifo do autor). Para Marx, a conquista da emancipação política dos judeus não os obriga a renunciar sua religião e sua cultura, mas, emancipados politicamente, não só os judeus, mas todos os membros da sociedade permanecerão cativos humanamente. Para Marx, o deslocamento da religião do campo do Estado para o campo privado da sociedade civil, essa cisão do público e do privado, serve de complemento para a emancipação política, ou seja, essa divisão do cidadão e do homem religioso é a própria emancipação política, é a forma como politicamente um homem se emancipa da religião
A emancipação na esfera da política, segundo Marx, contém em si contradições, pois, só é capaz de separar o cidadão genérico do homem privado, fazendo com que os interesses universais dos homens sejam reprimidos e condensados nos interesses particulares dos cidadãos. É por este mecanismo que a esfera do Estado aparece falsamente como lugar do universal, obscurecendo sua face de defensora dos interesses particulares
A obra Para a questão judaica trata das péssimas condições cívicas- político,