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DA NECESSIDADE DE RESISTÊNCIA À PATOLOGIZAÇÃO DOS
PROCESSOS DE ENSINO!1
THE EXCLUSION OF THE “INCLUDED ONES” - IN DEFENSE OF
THE EDUCATION AND THE NEED TO RESIST PATHOLOGIZING
TEACHING PROCESSES!
Paulo Sérgio Pereira Ricci2
Jéssica Elise Echs Lucena3
O convidativo título da obra A exclusão dos “incluídos”: uma crítica da psicologia da educação à patologização e medicalização dos processos educativos”, organizado por Marilda Gonçalves Dias Facci, Marisa Eugênia Melillo Meira e Silvana Calvo
Tuleski, nos leva a refletir sobre uma questão central na sociedade capitalista: a contradição presente no pensar e fazer de práticas no interior de ciências como a Psicologia, a Educação e a Medicina. Em sua segunda edição, a obra foi prefaciada por Maria Lúcia Boarini (em 2012) e por Celso Zonta (em 2011).
A obra analisa uma problemática que se apresenta ao cotidiano escolar que é a exclusão mascarada contida na busca pela inclusão não pensada e não planejada de sujeitos aos processos educativos formais. Mascarada pelo fato de que, apesar de se buscar a inserção de todos à educação, repete-se o processo excludente pois, em essência, não se tem dado as condições objetivas necessárias para que todos os indivíduos se apropriem do que é efetivamente humano e cultural. Ou seja, as produções humanas referentes a Arte, Ciência e demais riquezas sociais continuam indisponíveis a tais sujeitos.
Neste sentido, o fio condutor que perpassa toda a discussão feita na obra é a compreensão do processo de humanização, segundo o qual o ser humano se torna membro
1
Resenha livre da obra FACCI, M. G. D. MEIRA, M. E. M. TULESKI, S. C. A exclusão dos “incluídos” – uma crítica da psicologia da educação à patologização e medicalização dos processos educativos. 2. ed. Maringá:
EDUEM, 2012.
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Psicólogo; Mestre em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM-PR); e Professor de Psicologia da Faculdade União de Campo Mourão (UNICAMPO-PR).