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BIOÉTICA ABORTOINTRODUÇÃO
A Bioética surgiu em meados dos anos 60, depois que pacientes começaram a se queixar da falta de informação sobre os procedimentos agressivos da medicina a que eram submetidos. Constitui-se ao propor a discussão de casos concretos entre especialistas de diferentes áreas, credos e ideologias. Hoje é acessada como uma ferramenta teórica para discussão de temas de difícil mediação moral. A Bioética contribui também para as discussões sobre o Aborto.
A Ética surge como uma resposta a problemas, é uma reflexão-ação com base na realidade. A Bioética, atualmente, é considerada como sendo a Ética Aplicada às questões da saúde e da pesquisa em seres humanos, ou seja, é ética da vida. A Bioética aborda estes novos problemas de forma original, secular, interdisciplinar, contemporânea, global e sistemática. Desta forma, estimula novos patamares de discussão que podem possibilitar soluções adequadas. A Bioética busca maior humanização nas relações entre médico, paciente e sociedade. É a ciência com consciência.
Baseia-se a bioética em três princípios: o da beneficência, da autonomia e da justiça - é a chamada "trindade bioética", cujos protagonistas são: médico, paciente e sociedade
O tema do aborto é, dentre a totalidade das situações analisadas pela Bioética, aquele sobre o qual mais se tem escrito, debatido e realizado congressos científicos e discussões públicas. Isso não significa, no entanto, que tenham ocorrido avanços substanciais sobre a questão nestes últimos anos ou mesmo que se tenham alcançado alguns consensos morais democráticos, ainda que temporários, para o problema. Ao contrário. A problemática do aborto é um exemplo nítido tanto da dificuldade de se estabelecer diálogos sociais frente a posições morais distintas quanto do obstáculo em se criar um discurso acadêmico independente sobre a questão, uma vez que a paixão argumentativa é a tônica dos escritos sobre o mesmo.
O dilema ético central do aborto dá-se entre o respeito