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Márcia Cristina Américo *
Objetivo
Compreender as relações que os moradores estabelecem com o território e os significados que atribuem ao trabalho e à renda, bem como o processo educativo que se desenvolve por meio das lideranças ali estabelecidas.٭
Introdução
O modelo contraditório do sistema econômico, político e social de produzir a vida para sobrevivência tem gerado um novo posicionamento e ressignificação do quilombola contemporâneo a partir das transformações da sua história no decorrer dos séculos após os seus antepassados terem sido arrancados da África e deportados para o Brasil. Por razões históricas e contemporâneas, as comunidades tradicionais do Vale do Ribeira são vítimas de um persistente e perverso ciclo vicioso de abandono, exclusão, pobreza e baixíssimos níveis de acesso aos bens culturais e materiais.
Com Índices de Desenvolvimento Humano entre os mais baixos do Brasil, e comparáveis somente a algumas regiões críticas do nordeste brasileiro ou da
África, o Vale do Ribeira é citado duas vezes na lista dos 60 Territórios da
Cidadania – regiões críticas de pobreza eleitas pelo Governo Federal como prioritárias para programas e investimentos de desenvolvimento socioeconômico.
Faltam iniciativas capazes de interromper o ciclo vicioso e iniciar um ciclo de ações de desenvolvimento social, cultural, político e econômico para a população dessas comunidades. ٭
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação na Faculdade de Ciências Humanas, UNIMEP,
Campus Taquaral de Piracicaba/SP – Núcleo de Práticas Educativas e Processos de Interação. Bolsista do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.
Revista Eletrônica do Grupo de Pesquisa identidade! da Faculdades EST
Disponível em: http://www.est.edu.br/periodicos/index.php/identidade
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Revista identidade!, São Leopoldo, RS, v. 15, n. 1, jan.-jun.