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São Paulo e Belo Horizonte apresentam semelhanças de estruturas, atravessadas por ferrovias do século XIX, onde se alojam no fundo de um vale próximo ao centro, dividindo o espaço urbano em duas partes: o centro da cidade e a outra.
Os pontos comuns:
-A metrópole se desenvolve numa disposição de 360° graus.
-O espaço urbano já se depara com uma barreira que o divide ao meio; um vale por onde corre um rio, cujo transbordamento é frequente, e uma ferrovia que se aloja ao rio. Essa barreira divide o espaço urbano em duas partes que tem custos e tempos de deslocamentos diferenciados. Villaça nomeia “o lado de lá “(oposto do centro) onde o trajeto é mais demorado e o “lado de cá” (lado onde esta o centro) de fácil.
- O lado do centro tende inicialmente, a abrigar maior parcela do crescimento urbano do que o lado de lá
- A classe mais alta se concentra perto do centro, mas também é possível existir moradias de pessoas de baixa renda.
- No lado de lá começa a surgir os grandes sub centros para atender as pessoas de baixa renda, em SP o sub centro foi o Brás.
Em 1867 com a inauguração da Estrada de ferro São Paulo Railway, implantada no vale do Tamanduateí fez com que o acesso ao centro se tornasse ainda mais difícil para as pessoas que moravam na região Leste. A zona Oeste também tinha seus obstáculos, porém mais fácil de resolver como o Vale do Anhangabaú .
No final do século XIX existiam três áreas para a expansão:
- A zona Leste onde exigia a transposição para superar as barreiras, Tamanduateí – ferrovia – várzea inundável.
- Zona Oeste que exigia a transposição do vale do Anhangabaú.
- Cumeeira divisora de aguas entre os dois rios, na direção da Bexiga e a Liberdade.
Durante varias décadas era possível dividir SP somente em duas regiões Leste e Oeste. No final do século a população começou a crescer na pior parte de SP,
A partir do ano de 1950 SP começa a ser habitado nas regiões Sul e Norte. A classe média começa a habitar as