25 de abril
Depois do fim da Primeira República, surgiu uma revolta militar em Braga, a 28 de Maio de 1926, chefiada pelo general Gomes da Costa, que foi apoiada pela maioria da população, desiludida com a Primeira República. Instaurou-se então um regime de Ditadura Militar que, ao contrário do que a população esperava, não lhe trouxe melhores condições de vida, mas impôs uma forma de governar autoritária, exercida pelos militares, que perseguiram todos os seus opositores e acabaram com: a liberdade de expressão, criando a censura, que vigiava todos os órgãos de comunicação social, como os jornais e a rádio; com o direito à greve; com os partidos políticos e os sindicatos e até com o Parlamento, que foi dissolvido.
Dois anos depois da revolta militar, em 1928, o general Óscar Carmona foi eleito Presidente da República e convidou para ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar.
Salazar Marechal Gomes da Costa à direita
O “Estado Novo” de Salazar
Como ministro das Finanças, Salazar tomou medidas para equilibrar as finanças, ao mesmo tempo que pensou em poupar. Assim, aumentou os impostos e reduziu as despesas de todos os ministérios. A resolução da crise financeira ofereceu-lhe imenso prestígio, tendo, por isso, naquele tempo, ficado conhecido como “salvador da pátria” e, em 1932, foi nomeado Presidente do Conselho, correspondente ao Primeiro-Ministro dos nossos dias. Em 1933, Salazar faz aprovar uma nova Constituição, que reparte o poder por quatro órgãos de soberania: o Presidente da República, o Governo, a Assembleia Nacional e os Tribunais. Criou ainda um órgão consultivo chamado Câmara Corporativa. Mas esta divisão de poderes não era verdadeira, porque o Presidente do Conselho, ou seja, Salazar, mandava em tudo, criando e impondo leis que, se não fossem cumpridas, levavam o infractor à cadeia, que nalguns casos era considerado preso político,