24 teses domicianas
O ato, porque é perfeição, não é limitado senão pela potência, que é uma capacidade de perfeição. Por isso, na ordem onde o ato é puro, ele não pode ser senão ilimitado e único, onde ele é finito e múltiplo, ele entra em verdadeira composição com a potência".'. O ato por si mesmo não mas fala sobre imperfeição, a lacuna da privação. Por conseguinte, na ordem em que o ente é ato, ele é perfeição, e, por isso, sem termo e sem lacuna. Se ele é limitado, isto não provém de ele mesmo, pois a perfeição não poderá gerar a imperfeição;
É porque na rázão absoluta do ser mesmo, só Deus subsiste, único, inteiramente simples; todas as outras coisas que participam do ser possuem uma natureza que restringe o ser e são constituídas de essência e existência, como princípios realmente distintos"'. Uma vez admitido que Deus é ato puro, é manifesto que ele é inteiramente perfeição, inteiramente ente, a plenitude da perfeição e do ente, e, portanto, o Ser subsistente. A criatura, ao contrário, precisamente porque composta de potência e ato, não é inteiramente ente ou perfeição.
O ente, cujo nome deriva de ser', não se diz igualmente de Deus e das criaturas de maneira unívoca, nem de maneira puramente equívoca, mas de maneira análoga, de analogia ao mesmo tempo de atribuição e de proporcionalidade'' . Diz-se que as coisas são unívocas quando têm o mesmo nome e que a realidade : totalmente iguais "O homem e o cão são unívocos