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PODER DA PALAVRA, TOM DE VOZ E FILOSOFIA.

Imagine uma caravela atravessando o Atlântico, rumo à Europa, com um valiosíssimo carregamento de ouro. De repente o tempo vira, as ondas crescem, os ventos se agitam num tufão incontrolável e o tesouro afunda. Não há registros do naufrágio, não se sabe onde ocorreu. Quanto vale esse tesouro agora inacessível?
Extraído das minas com esforço e sacrifício, se estivesse no fundo abissal, não vale nada.
Assim é o conhecimento. Anos e anos de estudo, milhares de livros lidos, erudição enciclopédica, de nada adiantam de estiverem sem uso. São os livros empoeirados, sendo comidos pelas traças, trancados nos porões de uma biblioteca. Nada vale nosso conhecimento se não soubermos expressa-lo no mundo.
Os conhecimentos são processados pela inteligência. Segundo Howard Gardner, professor de psicologia da Universidade de Havard, o ser humano tem sete tipos diferentes de inteligência: verbal, matemática, espacial, musical, corporal, intrapessoal e interpessoal. Todos temos essas sete inteligências, que se complementam. Mas, alguma entre elas é preponderante em cada pessoa. Até mesmo um indivíduo que desenvolve bem todos esses tipos, em situações de stress costuma se ancorar na forma de inteligência que lhe é predominante. E há pessoas, por outro lado, que podem ser brilhantes em matemática, por exemplo, e medíocres em inteligência interpessoal, ou vice-versa.
Comunicação é, depois da sobrevivência física, a mais básica e vital de todas as necessidades. Mesmo para se alimentar, desde os tempos pré-históricos, os homens precisam se entender e cooperar uns com os outros, através da comunicação interpessoal.
Não é só por meio de palavra que a comunicação se estabelece. Naverdade, a palavra representa apenas 7% da capacidade de influência entre as pessoas. Os cursos de comunicação, em sua grande maioria, estão totalmente obsoletos porque se concentram apenas nesses 7%.
Antes da palavra, para comunicar-se bem você precisa formar uma