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Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Porto. Não Publicado.
(excerto revisto e aumentado).
1. INTRODUÇÃO
A Mariposa é uma técnica de nado em que o corpo se encontra na posição ventral; em que existe uma acção simultânea dos membros superiores (MS) e dos membros inferiores (MI); cuja aplicação de força propulsiva é feita de forma descontínua, dado que é coincidente o momento mais propulsivo da acção dos dois MS e dos dois MI; e em que se verifica uma "simetria" nas acções dos MS e dos MI realizadas pelo nadador, tomando em consideração o seu eixo longitudinal.
Em termos de eficiência, quando comparada com as restantes técnicas de nado, a
Mariposa é menos económica que as técnicas contínuas (Crol e Costas), já que para uma mesma velocidade horizontal média, o dispêndio energético é superior (Holmér, 1994;
Vilas-Boas, 1993), dado que em cada ciclo é necessário reacelerar a massa após esta ter sido frenada durante a fase resistiva precedente. Facto que resulta da obrigatoriedade regulamentar de realizar simultaneamente a acção dos membros superiores e inferiores num mesmo plano.
2. ORIGEM E EVOLUÇÃO TÉCNICA
A técnica de Mariposa deriva da linha evolutiva da técnica de Bruços, apesar das suas maiores semelhanças com a técnica de Crol. Quer isto dizer que foram progressivas alterações na técnica de Bruços que estão na origem da técnica de Mariposa (VilasBoas, 1987).
Em 1926, as regras da Federação Internacional de Natação Amadora (F.I.N.A.) apenas obrigavam à simultaneidade de acções dos MS e dos MI num mesmo plano nas provas de Bruços. Ou seja, não estava contemplada a punição da recuperação aérea ou a passagem dos MS para lá da anca.
O alemão Rodmaker, aproveitou esta lacuna nos regulamentos técnicos para ganhar a prova de 200 metros Bruços dos Campeonatos da Europa em